Sean “Diddy” Combs enfrenta uma situação jurídica complicada desde novembro de 2023, quando sua ex-namorada, Cassie Ventura, o processou. Ela alegou que Diddy abusou fisicamente e sexualmente dela.
Como resultado, o processo levou as autoridades a aprofundarem as investigações sobre as atividades ilícitas de Combs.
Além disso, Cassie revelou um incidente ocorrido em 2012, quando Combs, enfurecido pelo relacionamento dela com Kid Cudi, ameaçou explodir o carro do rapper.
A ameaça se concretizou quando alguém explodiu o carro de Cudi em sua garagem. A polícia e os bombeiros confirmaram que o ataque foi cuidadosamente planejado. Os agressores cortaram o teto do carro e lançaram um coquetel Molotov dentro.
Em uma carta de 16 páginas, os promotores argumentam que Combs deve permanecer preso sem fiança até o início do julgamento.
Eles afirmam que Diddy e um associado mantiveram uma vítima sob ameaça de arma durante uma invasão à residência de Cudi.
“Nas primeiras horas da manhã de 22 de dezembro de 2011, o réu [Diddy] e um co-conspirador sequestraram uma pessoa à mão armada para facilitar a invasão e arrombamento da residência de um terceiro (‘Indivíduo-1’)”, relata o documento.
“Diversas testemunhas prestarão depoimento no julgamento sobre o sequestro e a invasão, sendo que a invasão é confirmada por relatórios policiais e outros documentos.”
Além disso, a carta detalha o incêndio: “Aproximadamente duas semanas depois, os co-conspiradores de Diddy incendiaram o veículo do Indivíduo-1, cortando o teto conversível do carro e lançando um coquetel Molotov no interior. Registros da polícia e do departamento de bombeiros documentam extensivamente o incêndio e concluem que alguém intencionalmente provocou o fogo.”
Posteriormente, Combs teria se gabado do ato. Por outro lado, Kid Cudi confirmou, através de seu representante, que as alegações de Cassie são verdadeiras.
O Procurador dos EUA, Damian Williams, comentou sobre a violência associada a Diddy e explicou que ele e seus comparsas usaram sequestros e incêndios para manter o controle sobre outras pessoas.
Williams também destacou que Diddy gastou muitos recursos para encobrir suas atividades criminosas.
“Diddy e seus associados não hesitaram em usar violência para preservar seu poder e controle. O uso de sequestros e incêndios demonstra a determinação extrema de Diddy em manter suas ações criminosas fora da vista pública. Este caso revela a magnitude dos recursos que Diddy gastou para proteger seus interesses e evitar a justiça.”
Por fim, na última segunda-feira, 16 de setembro, a polícia prendeu Diddy em Nova York. A tribunal o acusa de extorsão, tráfico sexual, fraude e transporte para prostituição. Embora ele tenha se declarado inocente, o juiz negou a fiança, e ele continua detido, sendo considerado um possível fugitivo.
